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Quando investir no bem dá resultado

Comparação entre ISE e Ibovespa mostra que desempenho de empresas com conceitos ESG é melhor.

A sigla ESG está no radar do mercado financeiro. A crescente preocupação com a sustentabilidade tem gerado reflexões sobre a função social das empresas e o papel do setor privado (incluindo o próprio mercado financeiro) na solução de desafios globais como fome, pobreza e agressões ao meio ambiente. A pandemia do coronavírus torna a discussão ainda mais pertinente, ao revelar como ações e omissões de indivíduos ou grupos podem ter impacto coletivo.

No mundo corporativo, isso se reflete em um número cada vez maior de empresas que têm se empenhado na busca de melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (que compõem a sigla em inglês ESG). Além de fazer sua parte na construção de um mundo mais ético, saudável e justo, essas companhias também conseguem resultados financeiros melhores para os investidores.

Um estudo realizado pela Ágora Investimentos concluiu que a adoção de uma agenda ESG traz diversos impactos positivos para uma empresa, como vantagens competitivas, melhora de reputação, maior lucratividade e até um aumento do seu valor no longo prazo.

“As empresas que fazem parte desse grupo têm vários diferenciais em relação às que não seguem esses parâmetros”, observa José Francisco Cataldo, superintendente de ‘research’ da Ágora. “Elas têm uma governança mais austera e o desempenho em Bolsa tende a ser mais positivo.”

Melhor resultado. Segundo relatório da Ágora, empresas preocupadas com questões ESG tendem a se destacar em seus nichos, já que o consumo consciente é uma tendência mundial. Além disso, constroem um bom relacionamento com governo e população, pois reconhecem seu papel de agentes transformadores da sociedade.

Isso não quer dizer, no entanto, que essas empresas ganhem menos dinheiro se pautando por valores sustentáveis. Ao contrário. “Elas tendem a ter um negócio mais bem estruturado e uma qualidade superior de gestão, o que leva a um melhor desempenho sob o aspecto financeiro”, diz Marcelo Nantes, superintendente de gestão de fundos da Bradesco Asset Management. “Com isso, também se tornam bons investimentos”. Ele explica que, se antes as métricas de avaliação de empresas usadas pelo mercado consideravam apenas aspectos financeiros, hoje os critérios ESG também fazem parte do filtro, e em pé de igualdade. “Eles não são secundários, mas complementares à avaliação financeira.”

A régua do ISE. Uma ferramenta útil para aferir o impacto das práticas de sustentabilidade na performance de uma empresa é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Ele foi criado em 2005 para refletir o retorno médio de uma carteira teórica de ações de empresas de capital aberto listadas na B3 que incorporaram os valores ESG à sua pauta.

Desde a criação do índice, a carteira ISE apresentou rentabilidade positiva de 296%, ante 223% da carteira formada pelas ações que compõem o Ibovespa, o principal indicador da B3.

Para o investidor comum, os números mostram que as ações de empresas com viés ESG são boas apostas. Mas ele não costuma ter tempo, conhecimento e as informações necessárias para fazer a análise de todas essas empresas. Por isso, a solução mais conveniente é buscar um fundo de investimentos que tenha essa orientação.

Novidades à vista. Os fundos com preocupação ESG surgiram na década de 70. Na Europa, onde foram feitos os primeiros estudos, o mercado está tão maduro e engajado que os gestores têm quase uma obrigação de olhar para o tema. “Ali é uma obrigação do gestor”, diz Rubens Henriques, presidente do Itaú Asset. “Se não tiver ESG, ele precisa se explicar ao cliente.”

No Brasil, de acordo com dados da Anbima, os fundos sustentáveis representam fatia de 12% da indústria de fundos de ações; se considerarmos a indústria como um todo, a representatividade é de apenas 1%. O volume investido em junho era de R$ 543,4 milhões.

“ESG não tem a ver com doação, mas com perenidade e sustentabilidade. Esta crise despertou o ‘o quê’ e também o ‘como’”, afirma Henriques. “ESG é como empresas lidam com pessoas e o valor delas. O interesse pelo assunto no Brasil ainda é pequeno, mas está crescendo.”

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