Substituição de funcionários, investimento na prevenção, equipamentos e doações a comunidades próximas às operações estão entre os gastos que não existiram em 2019 – e que as companhias tiveram de arcar para poder continuar funcionando e ajudar no combate à doença. Para grandes empresas de capital aberto – como Vale, Petrobrás, JBS, Usiminas, Ambev –, a conta do covid supera a casa de R$ 750 milhões no período.

A Usiminas investiu R$ 27 milhões em equipamentos de proteção, higiene, adaptação de transporte e restaurantes, além do afastamento de pessoas do grupo de risco. Também doou 170 mil máscaras a funcionários, famílias e comunidade, desinfetou espaços públicos em Ipatinga e Cubatão, onde estão suas maiores unidades e doou equipamentos a hospitais da região.

Na Vale, foram US$ 27 milhões em aumento de custos nas operações e outros US$ 85 milhões em doações de testes rápidos e equipamentos de proteção individual. No total, a conta soma mais de R$ 500 milhões. Na Ambev, as despesas em itens para combater o coronavírus chegaram a R$ 61,3 milhões no trimestre. No ano, o gasto total atingiu R$ 71,5 milhões. Entram aí gastos com álcool em gel, máscaras e limpeza e doações à comunidade.

A Petrobrás gastou R$ 30 milhões em testes, máscaras, higiene e segurança. Outros R$ 30 milhões foram para ações de saúde para funcionários, incluindo testes no pré-embarque para plataformas e os que reportam sintomas. Algumas plataformas tiveram pessoal reduzido por casos de contaminação.

Com 130 mil empregados e 135 fábricas, a JBS investiu, entre março e junho, mais de R$ 100 milhões em prevenção à covid-19. A empresa contratou consultoria de infectologistas, fez auditorias e monitora os funcionários do início da jornada ao retorno à casa. A Justiça suspendeu as atividades mais de uma vez por contaminação em fábricas.

#contadocovid19 #gastosextraordinarios